BLOG DO MATHEUS

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Doença pulmonar sem cura mata mais rápido que câncer

  Uma doença ainda pouco conhecida, sem cura e que pode matar em dois anos, a hipertensão arterial pulmonar, foi tema de uma  palestra no Mato Grosso do Sul . O objetivo é divulgar como a doença se manifesta, a fim de evitar diagnósticos errados, já que é rara, e desconhecida por muitos médicos.

A doença ataca as veias e artérias do pulmão diminuindo o fluxo de sangue para o órgão, o que causa muita fadiga e pode levar à morte mais rapidamente do que um câncer de mana, por exemplo. A maior incidência é entre as mulheres de trinta a quarenta anos de idade, mas pode atingir os homens também.

A hipertensão pulmonar muitas vezes é confundida com bronquite ou asma.Uns dos sintomas mais comuns da doença são: constante fadiga, inchaço das pernas, palpitação no peito e lábios azulados. "Estes sintomas são episódicos, mas freqüentes", detalha.

 Algumas das causas já são conhecidas. Pessoas com doenças cardíacas congênitas, que fazem uso de inibidores de apetite, estão no grupo que podem desenvolver a hipertensão pulmonar. "O uso abusivo dos inibidores de apetite fenfluramina e aminorex têm sido associados com o aparecimento da doença, se há uma pré-disposição", detalha. "Em alguns casos basta parar de tomar o inibidor que a doença desaparece". 

Tratamento - A cardiologista conta que por ter sido descoberta recentemente, e de pouco conhecida entre os médicos, o diagnóstico não é feito e a pessoa pode morrer. "No momento a hipertensão pulmonar ainda está sendo estudada. Nós ainda não temos a cura, mas algumas drogas têm prolongado a vida dos pacientes", disse.

Mesmo com a existência de um tratamento, o acesso ainda está distante da maioria dos pacientes. Por serem muito caras, as drogas não são comercializadas pelas farmácias. "Uma caixa para trinta dias custa R$ 11 mil", revela Cyanna. "Somente a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo oferece este remédios aos pacientes", acrescenta.

Há um outro tratamento, mas este ainda não está disponível no Brasil, e não há perspectiva de que seja trazido para cá, pois o custo é extremamente alto, US$ 300 mil por ano. "E, além disso, é extremamente desconfortável para o paciente, que tem de ter um cateter colocado em seu corpo, e ficar por horas recebendo o medicamento semanalmente. Tratamento que temos aqui é bem mais simples, o remédio é administrado via oral".

 O tratamento brasileiro tem mostrado bons resultados, prolongando a vida dos pacientes. "O tempo exato do prolongamento ainda não é conhecido, mas é bem maior do que a média sem o tratamento, que não passa de 2,8 anos".

Até o momento já foram registrado 850 casos em todo o país. Mas este número deve aumentar, pois médicos ainda estão fazendo o cadastro dos pacientes.

Um caso - Uma comerciante  de 47 anos, é uma das pessoas que tem de conviver com esta doença. Ela conta que teve de ser operada do coração, aos seis anos, por um problema do ventrículo, e desde então sua vida não foi mais a mesma. "Eu era uma criança que não podia fazer nada, não podia nadar, não podia correr, tudo o que eu fazia me deixava muito cansada. E eu pensava que era problema do coração".

Há quatro anos ela foi ao médico com as mesmas reclamações, cansaço, foi quando seu médico diagnosticou hipertensão arterial pulmonar. "Acho que ele não conhecia a doença muito bem. Não fiquei assustada, porque não sabia o que era", revela. Foi uma reportagem de TV que a alertou para o risco de morte pelo qual passava. "Depois disso foi procurar mais informações, e descobri que em Porto Alegre (Rio Grande Sul) havia uma médica que conhecia isso bem. Passei trinta dias internada, mas voltei para casa com uma solução", desse lembrando que sua vida com é perfeitamente normal quando esta tomando o remédio.

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