A doença ataca as veias e artérias do pulmão diminuindo o fluxo de sangue para o órgão, o que causa muita fadiga e pode levar à morte mais rapidamente do que um câncer de mana, por exemplo. A maior incidência é entre as mulheres de trinta a quarenta anos de idade, mas pode atingir os homens também.
A hipertensão pulmonar muitas vezes é confundida com bronquite ou asma.Uns dos sintomas mais comuns da doença são: constante fadiga, inchaço das pernas, palpitação no peito e lábios azulados. "Estes sintomas são episódicos, mas freqüentes", detalha.
Tratamento - A cardiologista conta que por ter sido descoberta recentemente, e de pouco conhecida entre os médicos, o diagnóstico não é feito e a pessoa pode morrer. "No momento a hipertensão pulmonar ainda está sendo estudada. Nós ainda não temos a cura, mas algumas drogas têm prolongado a vida dos pacientes", disse.
Mesmo com a existência de um tratamento, o acesso ainda está distante da maioria dos pacientes. Por serem muito caras, as drogas não são comercializadas pelas farmácias. "Uma caixa para trinta dias custa R$ 11 mil", revela Cyanna. "Somente a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo oferece este remédios aos pacientes", acrescenta.
Há um outro tratamento, mas este ainda não está disponível no Brasil, e não há perspectiva de que seja trazido para cá, pois o custo é extremamente alto, US$ 300 mil por ano. "E, além disso, é extremamente desconfortável para o paciente, que tem de ter um cateter colocado em seu corpo, e ficar por horas recebendo o medicamento semanalmente. Tratamento que temos aqui é bem mais simples, o remédio é administrado via oral".
Até o momento já foram registrado 850 casos em todo o país. Mas este número deve aumentar, pois médicos ainda estão fazendo o cadastro dos pacientes.
Um caso - Uma comerciante de 47 anos, é uma das pessoas que tem de conviver com esta doença. Ela conta que teve de ser operada do coração, aos seis anos, por um problema do ventrículo, e desde então sua vida não foi mais a mesma. "Eu era uma criança que não podia fazer nada, não podia nadar, não podia correr, tudo o que eu fazia me deixava muito cansada. E eu pensava que era problema do coração".
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